Lhe diria baixinho:
Senhor, o que é esse caminho
Que me coloca entre o medo e o querer,
Entre a vontade de ir
E o receio de perder?
Perguntaria também
Por que é que o amor chega assim,
Tão forte, tão bonito, tão certo,
E mesmo perto parece frágil,
Como se fosse vento,
Como se fosse jardim.
Diria a Deus que tem uma mulher
Que ilumina meus dias,
Que me faz sorrir por ter a família dela,
Que me ensina o que é amor de verdade.
E se isso não for amor, meu Deus,
Então me ensine o que é amar.
Mas perguntaria ainda
Por que a gente sofre na espera,
Por que o coração dispara,
Por que a gente erra
Mesmo querendo acertar?
E talvez Ele sorrisse,
Como quem sabe de tudo,
E me diria em silêncio:
“Filho, o amor é isso mesmo,
É cruz, é laço, é fardo e é mundo.
Segue firme, que Eu vou te guiar.”
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